sexta-feira, 4 de setembro de 2009

Tribo Skate nº 85 - Outubro de 2002





Esse é um daqueles dias que ficam na nossa memória e não sai nunca mais. Várias pessoas participaram, então a história pode ser contada por várias versões, então vai a minha: a idéia de trazer a Tribo surgiu tão logo foi anunciado pela CBSk uma etapa de vert em Manaus. Falei pro Augusto Formiga, que achava que o convite devia ser feito pra Tribo pois três anos antes a Cemporcento tinha vindo e feito a 1º grande reportagem, então deveria ter um interesse. E existia. O mais legal é que o César Gyrão estava indo para Manaus e aceitou a proposta!

O Bob tinha vindo dos Estados Unidos e estava no Hotel Trobical. Liguei pro hotel para fazer o convite, transferiram pro quarto, e ele disso: "putz já me acharam!, ... onde fica isso! ... fica pra próxima!" Estavamos esperando o Gyrão e o Otávio, então um promissor fotógrafo da redação da Tribo, e jovem talendo do vert nacional, mais ocorreu um rolo no aeroporto de Manaus! Logo os boateiros propagaram que a Tribo não vinha, que era isso, que era aquilo ... pegamos o carro de som e fomos pro CAN e informamos para mais de 200 skatistas o que havia acontecido. O resultado é que na tarde seguinte tinha mais de 400 skatistas no CAN, um dia HISTÓRICO para o Skate Paraense!

Eram 10 e pouco da manhã de terça feira quando o Gyrão e o Otávio chegaram! No Aeroporto Internacional de Val de Cães, estava Eu, o Elierson Silau (o Mickey), o Walter Mártires, o Augusto Formiga e o Gabriel. Passamos pela Duque e de lá pela 25, e siguimos para a Praça do Carmo, onde o Mickey mandou um cabuloso hardflip de prima varando a calçada pra rua, deixando o Otávio boquiaberto! Em seguida fomos almoçar na Estação das Docas!

No meio da tarde fomos para o Edifício Vilas Lobos. Nos anos 80 esse prédio chegou a ser esvaziado pois ameaçou cair! Nossa geração imaginava poder dar um drop dali, tanto no "chokito" pela Av. Conselheiro, como pela parte lisa pela Av. Alcindo Cacela. Até então nunca ninguém tinha tido aquela idéia. Mais o Mickey teve. Na verdade era o dia do Mikey. Naquele dia em toda a face da terra, com toda a certeza, não teve ninguem que andou mais que o Mikcey: é só comparar as edições da Thrasher, da Transworld, da finanda Big Brother, da Slap, da Skateboarder, e ve se teve alguem que na edição referente a agosto de 2002, foi capa, teve índice, e teve tanta repercussão como o Mickey. Duvido! Mickey abusou: dropou no "choquito", na parede lisa, na extensão, e vê se pode: de switch!

De lá fomos para a sede da Prefeiura Municipal de Belém. Havia dado um rolo na emissão das passagens de retorno do Gyrão e do Otávio: ambos tinham compromisso em São Paulo. Foi uma guerra de nervos, mais acabamos resolvendo!

Já era 5 da tarde quando varamos no CAN: mais de 400 skatistas aguardavam a TRIBO Skate. Foi um momento de congraçamento, um momento de êxtase. Batemos uma foto que infelismente por falta de luz não pode ser publicada, mais com certeza seria a maior em nº de skatistas reunidos em toda a história da revista Tribo.

Mais a barca não podia parar. Fomos para a Praça da Merda. No final dos anos 90, era o único corrimão que existia: Joelcio Batman deixou a sua, 180 to fakie nosegrind. Em seguida fomos para a Praça Waldemar Henrique. Rafael de Souza (Rafinha) mandou uma cabreira para à época, Switch f/s flip 180. Até hoje uma manobra técnica, difícil. Pra poucos.


Já eram 10 e pouco da noite quando chegammos na miniramp da Marambaia. É claro que por toda a sua história Walter Mártires, não poderia ficar de fora desta sessão, e mesmo com o pé bichado, mandou a sua: nollie hardflip na cuia, observado por quem vos relata esse dia que entrou para a história, 27 de agosto de 2002.


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